CAPÍTULO XVIII

MÉTODOS DE CURA INDICADOS

 

 

Introdução

O processo de cura que se deve aconselhar depende da natureza da enfermidade e do temperamento do paciente. No caso de fratura de uma perna, é evidente que se deve chamar o cirurgião. Se existe alguma desordem interna, um médico de clínica geral é a pessoa indicada. Se por outro lado, for possível chamar um curador mental ou um curador adepto da Ciência Cristã ou qualquer outro de mente espiritualizada, tal pessoa pode auxiliar o enfermo que tenha grande fé, porque, como um diapasão que de determinada nota põe em vibração outro da mesma nota quando se faz vibrar o primeiro, também a pessoa cheia de fé responderá facilmente aos que praticam os sistemas mencionados. Mas quando no paciente falta a fé nesses métodos, é melhor chamar um médico em quem se confie porque tanto a saúde como a doença dependem quase inteiramente do estado mental. Nas enfermidades em que o paciente está debilitado, torna-se hipersensível e jamais deve ser contrariado em suas preferências. Além disso, o que exista de bom em qualquer sistema curativo produzirá no paciente um efeito benéfico ou daninho em proporção exata à fé que tenha no poder curativo desses sistemas.

Os remédios

É nosso dever tomar os remédios prescritos pela pessoa devidamente qualificada ou procurar curar-nos das enfermidades que sofremos por qualquer método que queiramos. Decididamente agiríamos erroneamente se permitíssemos que nosso instrumento físico se deteriorasse por falta da devida atenção e cuidado. É o instrumento mais valioso que possuímos e se não o usamos com circunspeção e não lhe prestamos os devidos cuidados, sofreremos as conseqüências da Lei de Causa e Efeito por nossa negligência.

Imposição das mãos

Existem duas dificuldades muito comuns na prática dos tratamentos pela imposição das mãos. Nesse processo há duas operações diferentes. Uma é a de extrair do paciente algo que é venenoso e daninho e que provoca a enfermidade; a outra, a infusão da energia vital pelo próprio médico. Quem quer que tenha feito algum trabalho desta espécie sabe isto porque sentiu, bem como sentirá todo aquele que o praticar com êxito. Pois bem, a menos que o médico ou curador tenha uma saúde excelente, duas cousas podem acontecer: ou os miasmas humanos extraídos do paciente podem contaminá-lo e vence-lo, tomando ele o lugar "do enfermo", ou então pode infundir-lhe demasiada quantidade de sua própria força vital e ficar completamente debilitado. Às vezes acontecem as duas cousas simultaneamente, chegando um tempo em que o médico ou curador se encontrará esgotado e é obrigado a descansar.

Os magnetizadores não devidamente treinados em geral escapam da primeira dessas dificuldades "lançando fora o magnetismo", como costumam dizer, mas todos correm o perigo de ficarem esgotados. Isto é algo difícil de evitar, salvo para aqueles que possam ver os eflúvios etéricos que tomam ou que dão. Muitas pessoas são como vampiros quando estão enfermas, e quanto mais fortes e robustas em estado normal, tanto piores são quando a enfermidade as lança no leito.

As seguintes indicações são de grande valor para evitar essas conseqüências indesejáveis. Primeiramente fixe seus pensamentos de tal maneira que não permita que os eflúvios miasmáticos que saem do corpo do paciente penetrem no seu corpo acima dos cotovelos; em segundo lugar, quando fazendo o tratamento, deixe o paciente de vez em quando e lave as mãos em água corrente, se possível; ou em todo caso, lave-as e mude a água freqüentemente. A água tem duplo efeito. Em primeiro lugar, os eflúvios que saem do corpo do paciente têm grande afinidade pela água. Em segundo lugar, a umidade que fica nas mãos do operador permite extrair os miasmas do paciente em maior porção do que se estivessem secas. Isto se baseia no mesmo principio pelo qual, quando os elétrodos de uma bateria elétrica são postos em água, o efeito da eletricidade se intensifica, como se pode verificar tocando a água.

O mesmo ocorre com o operador. Este é uma espécie de bateria elétrica, e suas mãos úmidas atraem maior proporção de miasmas do que se estivessem secas. Se as circunstâncias não permitem que se consiga água, o operador deve procurar lançar de si magnetismo, mas deverá ter muito cuidado, porque quando se liberta o magnetismo, este é atraído pela terra, pois está sujeito à ação da gravidade, e pode ser visto, clarividentemente, como uma substância gelatinosa escura, que fica brilhando e se agitando no solo. Se o paciente, já aliviado, se levanta do leito onde lhe foi proporcionado o tratamento e passa pelo lugar em que foi atirado aquele magnetismo, os miasmas voltarão a penetrar nele e se sentirá em piores condições do que antes. Portanto, o melhor é lançar este magnetismo envenenado em uma estufa onde em seguida se possa acender fogo para queimá-lo.

É evidente, do que acabamos de ver, que a imposição das mãos é algo que não se deve fazer indiscriminadamente e só a devem praticar as pessoas devidamente treinadas. Os probacionistas que vivem meritoriamente recebem treinamento especial dos Irmãos Maiores.

Vacinas e antitoxinas

Os bacteriologistas descobriram que muitas enfermidades são causadas por microrganismos que invadem nosso corpo, e também que, quando esse exército invasor começa a produzir desordens no corpo, este passa a fabricar germes de natureza oposta ou uma substância que envenena os invasores. Tudo se reduz então a saber quais são os mais fortes: os invasores ou os defensores. Se os micróbios defensores são mais numerosos que os invasores, ou se o veneno nocivo aos invasores é produzido em quantidade suficiente, temos o restabelecimento do enfermo. Mas se os defensores são vencidos ou o corpo não é capaz de produzir a quantidade suficiente de soro necessário para envenenar os invasores, o paciente sucumbe à enfermidade. Foi descoberto, também, que quando uma pessoa se restabelece de uma enfermidade específica, fica imune contra ataques da mesma enfermidade, porque seu corpo contém o soro mortal para os germes que causaram a doença que acaba de ser superada.

Dos fatos acima tiram-se as seguintes conclusões:

1º - Se em uma pessoa saudável se inoculam uns poucos germes de determinada enfermidade, contrairá essa enfermidade em grau pouco intenso. Poderá, então, produzir o soro salvador e ficará imune contra os ataques futuros dessa mesma infecção. Esta é a filosofia da vacinação como meio de evitar as enfermidades.

2º - Quando uma pessoa contraiu uma enfermidade e é incapaz de produzir a quantidade suficiente de soro para destruir os microrganismos invasores, pode salvar sua vida mediante a inoculação do soro obtido de outra que já esteja imunizada.

Como não é fácil obter tais antitoxinas ou culturas de outros seres humanos, essas culturas e venenos são obtidos dos animais e muito se tem escrito a favor ou contra o emprego de tais métodos para combater a enfermidade. Não podemos nos ocupar desta controvérsia aqui, mas o ponto de vista oculto vai muito além da superfície das cousas, tal como são vistas do lado material da vida. Existem, sem a menor dúvida, muitos casos em que se impediu a enfermidade mediante a vacinação e também casos em que se salvaram da morte os pacientes mediante o emprego de antitoxinas. Outros casos existem em que tanto a vacina como as antitoxinas causaram a fatalidade que tentavam evitar, mas esse é outro assunto. Do ponto de vista oculto, a vacinação e o emprego de antitoxinas obtidas mediante os processos que se praticam nos institutos bacteriológicos é deplorável. Os processos que causam dano aos animais indefesos, envenenam a corpo humano, dificultando ao Ego o emprego do seu instrumento.

Se estudarmos a química do nosso alimento, veremos que a Natureza nos proveu com todos os remédios necessários, e se comermos adequadamente permaneceremos imunes contra todas as enfermidades, sem necessidade de vacinas.

Quando o corpo está em estado de saúde normal, especializa uma quantidade de energia solar muito maior do que a que pode utilizar. O excesso é irradiado para o exterior por toda a superfície do corpo, com grande força, prevenindo a entrada dos microrganismos que não tem eficácia suficiente para lutar contra essa corrente. Mais ainda, da mesma maneira que os ventiladores arrastam consigo as partículas de pó de uma habitação e as lançam fora, assim também a irradiação do fluido vital limpa todo o corpo das substâncias daninhas, inclusive os germes perigosos. Não temos por que ficar surpresos porque esta força é inteligente e capaz de selecionar os materiais que devem ser eliminados, deixando os que são benéficos.

Os cientistas reconhecem nisto a osmose seletiva. Sabem que embora uma peneira deixe passar todas as partículas menores do que os seus orifícios, os rins por exemplo, retém os fluidos necessários para o corpo, ao passo que deixam passar os resíduos. De forma parecida o fluido vital faz a mesma distinção: limpa o corpo das impurezas e toxinas geradas no seu interior e repele aquelas que procedem do exterior.

A esta emanação chamou-se raios N ou fluido Ódico, nome que foi dado pelos cientistas que o descobriram por meio de reagentes químicos que o tornam luminoso. Esta emanação é mais débil durante a digestão porque então se necessita uma quantidade extra de energia solar para ser empregada dentro do corpo no metabolismo dos alimentos, já que constitui o fator unificante na assimilação. Quanto mais tenhamos comido tanto maior é a quantidade deste fluido vital gasto dentro do corpo e tanto menor é a eliminação e a corrente protetora que irradia para o exterior.

Consequentemente, estamos em maior perigo de invasão por microorganismo daninhos quando nos tornamos glutões.

Por outra parte, se comemos sobriamente e escolhemos alimentos que são mais digeríveis, a diminuição da corrente vital protetora será adequadamente reduzida e nossa imunidade contra as enfermidades será mantida sem necessidade, de nos envenenarmos com as vacinas.

 

 

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Capítulo XIX - O Propósito da Cura

 

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