ESPIRITUALISMO – CIÊNCIA

 

 

Consciência  e Espiritualidade


Consciência e Espiritualidade 
 

A consciência é definida como um conjunto de elementos psíquicos, simples ou combinados, intelectivos, afetivos ou emotivos, que ocorrem na unidade de tempo e que nos permitem tomar conhecimento do nosso próprio eu e do mundo exterior. 

Vejamos, de início, a importância de que se reveste, para o espiritualista, o estudo da consciência: tomar conhecimento do nosso próprio eu e do mundo exterior. 

Estudemos um pouco o mecanismo da consciência. Os arranjos referentes ao seu trabalho no interior do nosso psiquismo obedecem a duas condições: conteúdo das vivências e mecanismos psicológicos. 

O conteúdo das vivências pode ser estruturado: no campo intelectivo, com atividades elementares ou básicas, de percepção e de memória e, secundariamente, com funções intelectuais; no campo afetivo, com emoções e sentimentos; no campo volitivo, implicando os fenômenos que dependem da vontade. 

Nos mecanismos psicológicos, os objetos estão em relação com a sensapercepção do mundo exterior e pressupõem a noção de espaço e de tempo. 

Há, em nós, uma vivência de espacialidade que nem sempre corresponde ao espaço real. Vivemos num espaço tridimensional. É comum, em certos estados de perturbação emocional, sentirmos alterações nesse espaço tridimensional: parece que a terra nos foge, ou que o céu baixa sobre nós, dando-nos o sentimento de compressão. 

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Quanto ao tempo, podemos considerá-lo exterior, ou do mundo, e interior. O tempo exterior, ou do mundo, é o  marcado pelo relógio. É aquele que não muda e ao qual estão afetas todas as nossas atividades mundanas. O tempo interior dá-nos a vivência da temporalidade, dá-nos a noção de duração do passado, do presente e do futuro. Encerra, em si mesmo, o fluir do eterno vir a ser. 

Quando estamos tristes, parece que o tempo se arrasta e não tem mais fim. Quando estamos alegres, as horas passam tão rapidamente como se fossem minutos. É, pois, o mecanismo psicológico da consciência que altera a noção de tempo. 

A consciência do tempo é de grande utilidade para o estudante espiritualista. Pelo exercício da retrospecção, tem idéia do emprego do seu tempo durante o dia e prepara-se para aquele intervalo em que terá que rememorar toda a sua vida após a transição. Poderá, ainda, conforme a sua capacidade e persistência, chegar à consciência de vidas passadas, o que, por certo, muito enriquecerá a experiência de sua vida atual. 

Jiddu Krishnamurti

Jiddu Krishnamurti  (Madanapalle, 11 de maio de 1895 - Ojai, 17 de fevereiro de 1986) foi um filósofo e místico indiano. Entre seus temas estão incluídos revolução psicológica, meditação, conhecimento, relações humanas, a natureza da mente e a realização de mudanças positivas na sociedade global. Constantemente ressaltou a necessidade de uma revolução na psique de cada ser humano e enfatizou que tal revolução não poderia ser levada a cabo por nenhuma entidade externa seja religiosa, política ou social.


Krishnamurti, filósofo indiano, conhecido em todo o  mundo através das suas palestras, considera a consciência como o resultado da energia única que é a existência, ao mesmo tempo, condicionada e condicionante. 

Diz ele: “A consciência é o resultado do processo desta energia única. Com a consciência, combinam-se a ignorância e a ansiedade. Essa consciência mantém-se pelas suas atividades volitivas, nascidas da ignorância, da tendência e da ansiedade. Este processo automantenedor da individualidade, que é único, que não teve começo, não recebe, por assim dizer, um impulso, não é propelido para a frente por uma outra força ou energia”. 

Atentemos ao que Krishnamurti diz: processo automantenedor da individualidade. Esta afirmação harmoniza-se perfeitamente com a Filosofia Rosacruz. Tornando-nos conscientes da individualidade, deixando cair os enfeites da personalidade, só assim poderemos subir para as esferas espirituais, desapegados do fascínio da matéria. 

Continua Krishnamurti: “É um processo que, a todos os instantes, será auto-ativo por meio das próprias exigências volitivas, das ansiedades, das atividades”.  

É esta ativação do processo da consciência que visa a Filosofia Rosacruz ao recomendar o exercício de retrospecção pelo qual, cada vez mais, nos tornamos plenamente conscientes de cada ato da vida diária. 
 
 
 


- Dra. Ophelia Guimarães.

Fonte: Correio Rosacruz, março-abril de 1960.

 

 

 

Documento Histórico

Edição do CORREIO ROSACRUZ divulgando um Ciclo de Conferências Públicas Rosacruzes. Na foto, palestrando, a Dra. Ophélia Guimarães, compondo a mesa com a Sra. Irene Gómez Ruggiero, ao centro, e o Sr. Roberto Ruggiero, a direita. Na coluna da equipe do Correio, a Dra. Ophélia Guimarães compõe com a Sra. Irene Gómez Rugiero, a equipe de redatores principais.

 

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