CAPÍTULO XXV

COMO AJUDAR AOS ESPÍRITOS QUE DESENCARNARAM

 

Nós nos rejubilamos sempre que nasce uma criança, porque este é o mundo que nos proporciona a experiência e o material necessário para o crescimento anímico. Observando o assunto sob outro ponto de vista, quando o Ego vem a este mundo, entra na prisão do corpo denso e se encontra no estado mais limitado que se possa imaginar. Nesse caso, regozijar-se quando nasce uma criança e lamentar-se quando é libertada pela morte, seria na realidade análogo a regozijar-se quando se encarcera um amigo e por-se a chorar histericamente quando é libertado.

Além disso, nossos deveres com respeito aos seres queridos que desaparecem da vida terrestre, não terminam com a ruptura das relações físicas. Temos certa responsabilidade com eles além da tumba. Nossa atitude continua afetar os nossos seres queridos depois da morte porque geralmente eles não abandonam imediatamente os lugares onde estavam acostumados a viver. Muitos ficam dentro dos seus lares durante meses depois de partirem de seus corpos e podem sentir as condições que ali reinarem muito mais intensamente do que quando estavam na vida terrestre. Suspiramos, choramos ou nos lamentamos por eles, estamos lhes transferindo a nossa dor e contribuindo para prendê-los a nosso lar num esforço para nos consolarmos a nós mesmos. Em qualquer caso somos um obstáculo e uma pedra de tropeço no caminho do seu progresso espiritual e embora isto possa ser perdoado aqueles que não conheçam os fatos relativos à vida e à morte, as pessoas que estudam a Filosofia Rosacruz ou doutrinas semelhantes, incorrem em gravíssima responsabilidade quando se entregam a tais manifestações.

Sabemos muito bem que os costumes exigiam que se usasse luto e não eram consideradas respeitáveis as pessoas que não se vestiam de negro como prova de sua dor. Felizmente os tempos vão mudando e as cousas são vistas agora sob nova luz. A passagem ao outro mundo já é bastante séria em si mesma porque implica em um processo dereajuste às condições estranhas que cercam por toda parte o Espírito que desencarna. Este não deve ser perturbado pela tristeza e angústia dos seres queridos que pode ver, rodeados por um atmosfera de dor e envoltos em vestes da mesma cor negra, alimentando seus pesares durante meses e até anos. O efeito sobre aquele que parte é depressivo.

Quão melhor é a atitude dos que aprenderam os ensinamentos Rosacruzes e gravaram-nos em seus corações. Sua atitude é alegre, confiante o encorajadora. Suprimem completamente a dor egoísta da perda para que o Espírito que partiu possa ter todo o estímulo necessário. Geralmente os sobreviventes de sua família se vestem de branco nos funerais e um estado de espírito sereno prevalece em toda parte. O pensamento dos sobreviventes não é: "que farei agora que o perdi? Todo o mundo me parece vazio". Antes deve ser: "Espero que se encontre bem em seu novo estado tão logo lhe seja possível e que não lamente haver nos deixado. Rogamos sinceramente por seu bem-estar e para que possa aprender devidamente as lições de sua vida pelas experiências do Purgatório e do Primeiro Céu".

E desta maneira, graças à boa vontade, inteligência e amor dos amigos que ficaram, o Espírito que partiu pode entrar em seu novo estado em condições muito mais favoráveis, e o melhor que podemos fazer é difundir estes ensinamentos o mais possível. A culpa é nossa se somos cegos acerca dos reinos suprafísicos. Mas todos os que se derem ao trabalho de despertar suas faculdades latentes, comprovarão que a posse dessas faculdades é questão de tempo. Chegada a hora, veremos os chamados "mortos" ao nosso redor e comprovaremos que na realidade a morte não existe, como disse John Mc Creery em seu formoso poema:

 

A MORTE NÃO EXISTE

 

Não existe a morte. Os astros se vão

Para surgirem em outras terras,

Sempre brilhando no diadema celeste,

Espalham seu fulgor incessantemente.

 

Não existe a morte. As folhas do bosque

Convertem em vida o ar invisível;

As rochas se desintegram para alimentar

O faminto musgo que nelas se agarrou.

 

Não existe a morte. O chão que pisamos

Converter-se-á pelas chuvas estivais,

Em grãos dourados; em doces frutos;

Em flores que luzem suas policromias.

 

Não existe a morte. As folhas caem;

As flores murcham e desaparecem;

Esperam apenas durante as horas hibernais

O retorno do suave alento da Primavera.

 

Não existe a morte. Embora lamentemos

Quando o corpo denso de seres queridos

Que aprendemos a amar, sejam levados

De nossos amorosos braços, agora vazios.

 

Embora com o coração despedaçado,

Cobertos com as negras vestes de luto,

Levemos seus restos à obscura morada

E digamos que eles morreram.

 

Eles não morreram. Apenas partiram,

Rompendo a névoa que nos cega aqui;

Para nova vida, mais ampla, mais livre,

De esferas serenas, de brilhante Luz.

 

Apenas despiram suas vestes de barro,

Para revestirem-se com trajes cintilantes.

Não foram para longe, não nos deixaram;

Não se perderam; nem mesmo partiram.

 

Embora invisíveis aos nossos olhos;

Continuam nos amando. Estão conosco,

Nunca esquecem os seres queridos,

Que pelo mundo, atrás deixaram.

 

Por vezes sentimos na fronte febril,

Suave carícia ou balsâmico alento;

É que nosso espírito ainda os vê,

E nosso coração se conforta e tranqüiliza.

 

Sempre juntos a nós, embora invisíveis,

Continuam esses queridos espíritos imortais;

Pois, em todo o infinito Universo de Deus,

Só existe Vida - NÃO EXISTE A MORTE.

- John Mc Creery

 

 

FIM

 

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