Robert Fludd

 

(1574-1637)

Membro destacado da Escola Rosacruz, considerado como possuidor de uma ciência enciclopedista. Dedicou-se à Cabala, como à Alquimia e às ciências exactas, numa dinâmica rosacruciana, reconhecendo que a Vida é Una e que tudo o que é matéria não é mais do que espírito cristalizado.

 

 

 

The Rosicrucian Rose

From Geheime Figuren der Rosenkreuzer

 

A Rosa Crucificada

O símbolo original da Fraternidade Rosacruz, segundo Robert Fludd, era uma rosa hieroglífica, crucificada sobre uma cruz. Esta cruz geralmente era representada sobre uma escada de três degraus. Ocasionalmente, o símbolo da cruz levantando-se de uma rosa foi utilizado em conexão com as atividades da Fraternidade. A rosa Rosacruz foi desenhada sobre a Mesa Redonda do Rei Artur e é o coração dos laços que formavam a cadeia desde a qual Jorge, o Magnífico, é erguido entre as joias da Ordem da Liga. Segundo Hargrave Jennings esta Ordem teria alguma conexão com os Rosacruzes.

 

 ROBERT FLUDD E A ROSACRUZ

 

Roberto Fludd nasceu em Milgate (Kent), Inglaterra, no ano de 1574, sendo seu pai um nobre daquele país. Foi médico, filósofo e escritor – um verdadeiro polígrafo. Viajou pela França, Alemanha, e Espanha, indo depois estabelecer-se em Londres, onde iniciou a sua carreira médica.

 Nesta capital europeia praticou a medicina com êxito, e diz-se que combinava a cura espiritual com o tratamento puramente médico. Nos países mencionados, com a convivência de homens de ciência, aperfeiçoou os seus conhecimentos de Filosofia, Medicina, História Natural, Alquimia e Teosofia, que tinha adquirido em Oxford, tornando-se um dos homens mais eruditos do seu tempo.

 Adversário dos "peripatéticos" (os que seguem a filosofia de Aristóteles), e em geral de toda a filosofia pagã, introduziu na Inglaterra a filosofia natural e a teosofia de Paracelso e de Cornélio Agripa. Tal como Paracelso, esforçou-se por formar um sistema de filosofia fundado na identidade da verdade espiritual e física.

 Nos seus escritos notam-se as antigas doutrinas rosacrucianas que se consubstanciam nisto: o Universo e todas as coisas procedem de Deus – o princípio e o fim de todas as coisas, que a Ele retornarão.

 O acto de criação é a reparação do princípio activo (luz), do principio passivo (obscuridade) no seio da unidade divina (Deus).

 Para ele, como para qualquer rosacruciano, a unidade de toda a vida é um facto indiscutível. A sua explicação do acto da Criação recorda-nos o princípio do evangelho de S. João, no qual este fala do papel que a Luz (Espírito) e as trevas (matéria) desempenham na Criação do Universo. Fludd diz que o universo consiste em três mundos: o arquetípico (Deus), o macrocosmo (o mundo) e o microcosmo (o homem). Este é o mundo em miniatura. Todas as partes de ambos se correspondem simpaticamente, actuando uma sobre a outra.

 Com tais opiniões, dá-nos a entender que também para ele era certa a verdade do axioma hermético: "Como em cima é em baixo, e como em baixo é em cima".

 Diz ainda que é possível para o homem (e também para o mineral e para a planta) sofrer a transformação e obter imortalidade. Ora, isto não é mais que a expressão, por outras palavras, do princípio da evolução. O sistema de Fludd pode ser descrito como um panteísmo materialista apresentado em fórmulas místicas. Isto quer dizer unicamente que, para ele, o Universo material não é mais do que Espírito (Deus) cristalizado, sendo uma coisa vivente e o corpo de Deus, tal como o aprendemos na nossa Filosofia Rosacruz.

 Alegoricamente interpretado, o sistema de Fludd contém o significado real do Cristianismo, conforme o revelado ao homem primitivo pelo próprio Deus, transmitido a Moisés e aos patriarcas por tradição, e revelado pela segunda vez por Cristo.

 Entre as suas obras figuram: Utriusque Cosmi metaphisica atque technica historica (Oppenheim, 1617); Tracttatus theologiae philosophica (Oppenheim, 1617); Clavis philosophiae et alchymiae Fluddano (Francfort, 1633), obras nas quais reuniu os dois princípios dominadores da natureza, a simpatia e a antipatia, com a força magnética universal; De Monochordum Mundi (Francfort, 1623), obra na qual compara o Universo com um monocórdio (instrumento musical duma só corda).

 É notável a sua interpretação do fogo. Segundo Fludd o fogo contém: 1º – uma chama visível (corpo); 2º – um fogo astral invisível; 3º – um "espírito". Quando uma chama se extingue no plano material, não faz mais do que passar do mundo visível ao invisível. Com esta interpretação equipara-se aos Rosacruzes que também foram chamados os "filósofos do fogo".

 O primeiro emblema da Irmandade Rosacruz foi dado a conhecer em 1619, por Fludd, sob a forma de uma cruz com uma rosa ao meio, colocada sobre um pedestal com três degraus.

 Entre os seus escritos contam-se mais os seguintes: Tractatus apologeticus (Leyden, 1617), que é a defesa detalhada e fogosa dos Rosacruzes contra a maledicência e a calúnia dos ignorantes e mal intencionados; Apologia compendiaria fraternitatem de Rosea Cruce suspicionis et infamiae maculis aspersam abluens (Leyden, 1617).

 Como bom rosacruz, Fludd mostra o equilíbrio entre o coração e a mente, que a nossa filosofia ensina ser absolutamente necessário para o desenvolvimento perfeito do homem e assim vemos que, apesar de ser um místico, era também um homem de muitos e variados recursos, e nunca desdenhou as experiências científicas.

Inventou várias máquinas, como um globo-cometa automático, e o barômetro.

 Fludd morreu em Londres, no dia 8 de Setembro de 1637.

Os nossos leitores que desejarem conhecer melhor a personalidade de Robert Fludd (Robertus de Fluctibus) deverão consultar: Religious Though in England, por J. Hunt, 1871; The Rosicrucrucian and Freemasonry, por Thomas De Quincey, 1871; History of the Rosicrucians, por A.E. Waite, 1887. Robert Fludd the English Rosicrucian, por J.B. Craven, 1902.

 A. M.

- Fonte: Revista "Rosacruz", Fraternidade Rosacruz de Portugal

Diagrama Simbólico das Operaciones da Naturaleza

Esta placa, grabada por de Bry, é o mais famoso dos diagramas que ilustram os principios filosóficos de Robert Fludd (Robertus de Fluctibus).   O diagrama de de Bry é quase autoexplicativo.  Fora do círculo dos céus estrelados estão os três anéis de fogo do "empyreum"  -- o triplice fogo do Criador Supremo--  no qual moram as criaturas celestes.  Dentro do anel das estrêlas estão os círculos dos planêtas e os elementos.  Despois do elemento ar, vem o círculo do mundo (Terra).  O círculo dos animais é seguido pelo das plantas, que, em seguida, é seguido pelo círculo dos minerais.  Então procedem várias aplicações e no centro há um globo terrestre com um homem macaco sentado sobre ele, medindo uma esfera com um par de compassos.  Esta pequena figura representa a criação dos animais.  No anel exterior de fogo, mostrado acima, está o nome sagrado de Jehová rodeado por núvens.  Destas núvens sai uma mão sustentando uma cadeia.  Entre a esfera divina e o baixo mundo personificado pelo mono, está a figura de uma mulher.  Cabe assinalar que a figura feminina está simplesmente sustentando a cadeia que a conecta com o baixo mundo, porém a cadeia que a conecta con el mundo superior termina con uma manilha em redor de sua mão.  Esta figura feminina se presta para muitas interpretações:  pode representar à humanidade suspensa entre a divindade e os animais; pode representar à Naturaleza como a conexão entre Deus e o baixo mundo; ou pode representar a alma humana  --o denominador comum entre o superior e o inferior.

 

Robert Fludd - Nota Biográfica

 The Rosicrucian Brotherhood...Robert Fludd ....Part I      in Rays from the Rose Cross, Jan-Feb. 1997.

 The Rosicrucian Brotherhood...Robert Fludd ....Part II     in Rays from the Rose Cross, Mar-Apr. 1997.

 The Rosicrucian Brotherhood...Robert Fludd ....Part III    in Rays from the Rose Cross, May-Jun. 1997.


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