O Símbolo
José Gonçalves Siqueira
14 de Nov. 1908 – 15 de Jan. 2007
Irmão Probacionista
Co-fundador da Fraternidade Rosacruz - Sede Central do Brasil
“...o simbolismo, que desempenhou um papel de importância primordial em nossa evolução, ainda é uma necessidade vital para o nosso desenvolvimento espiritual. Daí a conveniência de estudá-lo com nossos corações e com nossos intelectos” (Max Heindel)
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AS, o que é o Símbolo? Qual a sua etimologia? Qual o seu significado, seu valor, sua função, para que serve? A palavra símbolo deriva do grego, do verbo “symbalo” que segundo a Dra. Jolande Jacob, tem sido objeto de inúmeras definições e interpretações. Porém, todas elas concordam que os símbolos são objetivações, isto é, tornam visível o que está oculto. Neles se fundem a essência e a forma que se projetam como unidade. Bachofer diz: “o símbolo desperta aquilo que está oculto e que o discurso mal explica”. O símbolo toca com suas raízes as mais secretas profundidades da alma, enquanto a linguagem apenas toca a superfície do entendimento como brisa suave.
Um símbolo tem a característica de mediador, pois situa-se entre dois pólos da ação puramente humana, esta, relativa e sujeita a vários fatores do plano terrestre. O Bem e o Mal que concebemos são relativos porque sujeitos a nossa apreciação restrita e defeituosa daquilo que é justo ou injusto.
Para a maioria das pessoas Bem é o que dá prazer, o Mal o que desagrada. Essa limitação perceptiva e a necessidade do homem supera-la foi sempre a preocupação dos Guias e Hierarquias que nos assistem.
O Estudante Rosacruz, ciente das influências alternantes próprias desse plano, torna-se observador atento, pois sabe que tudo é pessoal e por isso tende a gerar conflitos. Os cursos da Fraternidade Rosacruz preparam-no a penetrar nas verdades abstratas habilitando-o a fundir os pólos contrários e assim alcançar a síntese própria dos valores universais.
É um postulado da psicologia profunda que na origem, todas as perturbações psíquicas decorrem do conflito entre a consciência objetiva do indivíduo e sua subconsciência, a qual de “sub” nada tem. No inconsciente estão não só os registros de todas as existências passadas do homem, como também, das experiências atuais no lar, na escola e no convívio com as pessoas e as coisas.
No íntimo de tudo isso encontra-se o Homem, em meio aos opostos, ouvindo o chamamento: “procura dentro de ti o Reino dos Céus”, ou seja, procura Cristo, o Mediador entre o Céu e a Terra, entre Deus e o Homem.
Rosicrucian Fellowship
