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ALGUMAS NOTAS INTRODUTÓRIAS

 

 

 

A palavra “Phree Messen” é derivada

de um antigo vocábulo egípcio

que significa Filhos da Luz.

Podemos acrescentar

que a palavra “Rosanan”, en persa,

quer dizer “Os da Luz”;

e que, se bem que a palavra inglesa

rose venha do latim,

 podemos estar seguros

de que há uma antiga associação esotérica

entre a Rosa e os Filhos da Luz,

 porque a Rosa estava consagrada

não só a Vénus, a Estrela da Manhã,

senão também ao Deus Sol.

 

Max Heindel

(1865-1919

 

 

 

Existe uma certa tendência para se dar pouco valor às coisas pequenas, simples.

Estão, neste caso, os selos usados, anualmente, por milhões e milhões de seres humanos, como meios de cobrança das taxas pelos serviços prestados pelos Correios de todos os países aos seus utentes.

Com a evolução do uso dos selos dos Correios, estes, não só têm melhorado no domínio artístico, como tem subido a diversidade dos temas por eles abordados, constituindo, assim, um valioso elemento do Património Cultural da Humanidade. Eles vão desde o átomo ao ser humano; da estrela dos mares às estrelas dos céus, da Protecção da Natureza aos Direitos Humanos, do Desporto às Artes, da Liberdade à Independência, da História à Literatura, etc, etc.

Face ao exposto, a filatelia temática, nascida em 1950, com a FIPCO, (Federation International de Philatélie Construtive), transformou-se numa arte e ciência, em pleno florescimento.

Embora próximos, todavia, agora, longínquos, estão os Regulamentos de 1961, 1966, 1972, 1988, este já renovado pelo de 1995.

 

 

 

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Como qualquer cidadão temos o direito de livre expressão. No caso, usamo-lo, não só na escolha dos temas, algo fora dos padrões convencionais, como os abordamos numa visão global e analógica, na interligação que cada peça (o Selo) contem e que possa enriquecer o tema.

Não somos contra os Regulamentos, nesta fase da evolução da Humanidade, só que as normas, porventura importantes, jamais devem restringir a nossa sagrada liberdade de expressão e de criação.

Tal atitude não encerra nenhuma crítica contra estas normas, muito menos contra os seus autores, a todos respeitamos e amamos, pois são nossos irmãos, sejam quais forem as suas cores ou credos.

O duplo sujeito deste nosso trabalho é a Rosa na Filatelia.

Porém, seguindo a nossa liberdade de criação, ele vai muito para além da rosa como flor, dilatando-se em outras faces prismáticas que, embora tenham como tema principal, a rosa, aborda-se a sua ligação ao amor, à liberdade, à fraternidade, à luz, como ainda outros aspectos desde símbolo mítico, místico e esotérico até aos Rosacruzes.

Esta dinâmica, no fundo, ela não estará em sintonia com a actividade científica e artística, no século XXI, em que cada vez mais são unidos os conhecimentos das diversas áreas a fim de se criar algo de novo, ou de se encontrar nova face da verdade?

Como flor, a Rosa é a Rainha, o cavalo de Pégaso de inspiração dos poetas, dos músicos, dos pintores, dos artistas em geral, como uma fonte socioeconómica, um meio de comunicação, um símbolo libertador que nos eleva até à Unidade da Vida, pela sua Beleza, os seus perfumes, por meio dos quais ela fala, as suas cores, e ainda pela sua etimologia, como bem escreveu o arauto da Escola Rosacruz, Max Heindel, palavra que encerra Luz, Amor, Pureza, Vida, Virtude, Liberdade e Fraternidade.

 

Bombarral, 11 de Março de 2009

 

Delmar Domingos de Carvalho