A DIVINA ESSÊNCIA SEMPRE ILUMINA A ESCURIDÃO

Conferência em Três Partes Sobre a Morte e o Morrer

Por

Alexandra B. Porter, Ph. D. 

 

PARTE III – COMO VIVER AQUI, AGORA E ALÉM COM CRISTO

 

            O corpo humano é uma máquina. È uma máquina para a utilização da energia e das forças vitais empregadas pela personalidade no processo de crescimento espiritual. No processo de sua evolução o Espírito-Alma junta sabedoria através de experiências na forma física. Somente por meio da morte e dissolução dos átomos da nossa presente forma é que a Alma ganha uma oportunidade de construir uma melhor. A despeito de quão perfeita ou de quão bonita seja a nossa presente forma, o propósito do Espírito-Alma é construir formas ainda mais perfeitas através das quais possa expressar-se. Assim pois, como a lagarta, uma deve morrer como verme para outra nascer como borboleta.

            Conforme já mencionei, nós temos três átomos-semente: o átomo-semente astral, o átomo-semente mental e o átomo-semente-físico. Por conseguinte, façamos uma rápida análise de cada um a ver quanto podemos nos beneficiar deste conhecimento.

           

            O átomo-semente astral localiza-se no lobo grande do fígado a que chamamos plexo solar. Ele se liga ao Espírito-Alma por meio do Astral – cordão Emocional. O cordão é simplesmente aquilo que cada pessoa tem feito dele, dependendo de suas emoções e desejos, e serve como via de expressão para todas as energias emocionais experimentadas pelo indivíduo. O átomo-semente astral grava todas as fraquezas e fortalezas inerentes ao caráter e desenvolvidas pelo indivíduo contanto que digam respeito aos seus desejos e emoções. Isto permite à pessoa influenciar seu próprio futuro, ou seu próprio destino.

 

            O segundo é o átomo-semente mental. Este localiza-se na glândula pineal, dentro do cérebro e liga-se à mente supra-consciente no triângulo da supra-alma, acima da cabeça do indivíduo por meio do cordão da consciência. Como no caso do primeiro, este átomo semente também contém uma gravação. É o registro de todas as qualidades herdadas e congênitas da mente do indivíduo. Neste átomo-semente ficam registrados todo o mental e os poderes da mente, desenvolvido por e através do indivíduo durante as eras do seu progresso evolutivo. Portanto, em resumo, o átomo-semente mental é também um átomo do presente e do futuro. Isto indica que podemos criar mudanças no átomo semente mental imediatamente pelo simples mudar nossas mentes, porque isto capacita a pessoa a também influenciar seu próprio futuro e seu próprio destino. Finalmente é importante notar, quando o cordão da consciência se acha totalmente desenvolvido, o indivíduo terá “conexão” direta com sua mente supraconsciente e então se tornará um “Mestre Mental”. Creio que o dito: “que sejas transformado pela renovação de tua mente” é basicamente verdadeiro. O átomo-semente mental é hoje aquilo que você fez dele em encarnações passadas. Ainda mais: ele pode estar dotado de maiores poderes agora para afetar a ambos: o presente imediato e o futuro do indivíduo.

           

            O terceiro é o átomo-semente físico, que se localiza no ventrículo direito do coração. Ele se conecta ao espírito divino através do Cordão Vital. Este cordão é uma criação da divindade por si própria, e o indivíduo nada tem a ver com o seu funcionamento. As forças vitais descem pelo cordão vital para a forma física, sendo distribuídas no corpo pela corrente sanguínea e passando pelo átomo semente do coração. Aqui é onde encontramos o registro perfeito do passado de uma pessoa que a prende ao seu destino cármico. O registro inclui os aspectos físicos, emocional e mental. Os átomos-semente Astral e Mental gravam as qualidades das emoções e da mente. Por outro lado o átomo semente do coração (físico) registra um quadro eletrônico completo, uma gravação de tudo o que já aconteceu ao indivíduo ao longo de sua existência. Portanto, em resumo, os átomos-semente Astral e Mental liberam na corrente sanguínea as qualidades emocionais e mentais, enquanto o átomo-semente físico libera imagens reais num quadro atômico do passado.

            Assim como o processo do nascimento envolve mais que trabalho de parto, assim também o processo da morte envolve mais que um simples cessar de respirar e de bater o coração. Há um processo de saída na morte física do mesmo modo que há um processo de entrada pelo nascimento físico. Incluída no processo do nascimento físico está a passagem da forma do bebê físico saindo pelo canal vaginal. Nesse momento há uma lenta e gradual abertura desse canal para possibilitar a passagem da nova forma, junto com as contrações naturais do útero. No processo da morte física, a forma física torna-se o útero do qual o espírito-alma deve nascer.

            Nesse instante, as substâncias químicas das glândulas endócrinas centralizam-se na glândula pineal e lutam para arrancar do cérebro o átomo semente mental. Uma vez libertado este átomo semente sai do crânio pelo topo da cabeça e pelo cordão prateado. O que é muito interessante para mim é que em cada processo de nascimento humano, as suturas dos ossos parietal e occipital estão abertas. Isso possibilita aos ossos do crânio sobreporem-se pelas bordas (imbricação), permitindo assim que a volumosa cabeça óssea do nascituro passe através do canal vaginal da mãe. Quando o nascimento se consuma, as suturas se unem criando uma janela ou abertura a que chamamos de fontanelas – anterior e posterior – ou “moleiras”, do recém-nascido. Durante o processo da morte física o mesmo se dá ao contrário. Aqui as fontanelas – anterior e posterior – se abrem, permitindo se abrirem igualmente as suturas dos ossos parietal e occipital do crânio.

            As substâncias químicas endócrinas unem-se então, com grande força e intensidade, em volta do coração. Isto inicia a luta para separarem o corpo físico. A ruptura real, ou separação, do cordão prateado estimula a consciência a recordar e reviver incidentes que precisam ser experimentados novamente, isto para enfatizar as lições que tencionavam ensinar quando a pessoa ainda se encontrava no plano físico.

            Após o rompimento do cordão prateado, o Espírito-Alma entra em seu invólucro astral. A média de processos para a média de pessoas é despender os próximos três e meio dias após a morte em um estado que pode ser chamado de sono profundo ou de transe da morte (estupor – estado cataléptico). Durante essas oitenta e quatro horas a pessoa deve ser ajudada por nossas orações. É de grande ajuda dirigir nossos pensamentos amorosos para as experiências iluminadoras da pessoa em seu novo estado de vida. Essa atitude de nossa parte pode libertar a pessoa para o progresso de sua própria alma durante o período que se segue imediatamente após a transição.

            Em Hebreus 9:27 diz-se que a jornada ao longo do caminho do julgamento não se dá realmente no espaço. Ela é toda realizada na consciência e é o Espírito-Alma quem revive cada incidente e episódio desde a hora do seu nascimento. Essa jornada aparenta ser feita sozinha, mas na realidade a pessoa está sempre sob a orientação de um Mestre. Para o Iluminado, a experiência pós-morte é uma viagem ao êxtase e à iniciação ou salvação. Para o assim-chamado pecador esta é uma experiência chamada julgamento. Nesta viagem, a pessoa observa toda a sua vida em revisão, testemunhando-a como um panorama de eventos passados. A alma permanece em seu plano terreno enquanto o “filme de lembranças” inteiro é exibido para a sua consciência. Ela não somente vê as cenas como também participa delas. Portanto, ficamos realmente de lado observando a nós próprios atuar no palco da vida que acabou de passar. Durante esse tempo nosso Espírito-Alma permanece desperto no Plano do Desejo, e a parada de eventos desfilando expõe seus desejos pessoais frustrados. Por conseguinte o cenário que cerca a pessoa em seu próprio panorama terá um relacionamento simbólico definido com os problemas do seu Espírito-Alma individual, suas condições na evolução e sua reação cósmica. Estas imagens simbólicas derivam de experiências da sua própria história. Nesta experiência o Espírito-Alma olha para a sua própria imagem e enfrenta lutas difíceis, cujas gravidades são proporcionais aos seus desvios dos padrões espirituais.

            O cristão pauta seu Espírito-Alma por Cristo e seus ensinamentos. Portanto, o panorama do cristão deve diferir em muitas maneiras do panorama Budista, do Muçulmano, do Hindu ou do Judeu, apenas para citar uns poucos. Essas experiências devem representar o que poder-lhe-ia ter acontecido caso ele tivesse se voltado para a luz em qualquer encruzilhada ao longo do seu caminho. Através dessa viagem é-lhe mostrado onde ele cometeu seus erros e como a escolha ou escolhas sempre foram suas. Assim ele experimenta seu próprio arrependimento, pois vê não apenas os males que acarretou para si mesmo mas também as glórias que perdeu. As cenas criadas ficam envolvidas no processo de perdão. A pessoa perdoa ou é perdoada, e será mantida nesse processo até ser esclarecida.

            Como em todas as coisas, e consoante o status evolutivo, cada Espírito-Alma enfrentará diferentes experiências pessoais quando sai da forma física e do plano terreno. Normalmente há três tipos de reações a experimentar no processo da morte. O primeiro é a reação que se verifica na média das pessoas, e que é uma lenta e natural retirada da alma, retirada que dura, em média, aproximadamente 84 horas. O segundo tipo é o da separação súbita do Espírito-Alma pela violência. Devo lembrá-los de que os atos violentos variam e que todos os atos violentos não são necessariamente seguidos de retiradas súbitas. O terceiro e último tipo é o da retirada imediata sem interrupção da consciência, e que dura em média seis minutos aproximadamente. È o tipo freqüentemente experimentado pelos que são espiritualmente iluminados. Em I Cor. 15:31 disse Paulo: “morro todos os dias”, significando que ele era capaz de sair da forma física a qualquer momento deixando-a num estado de “sono” ou de “mobilidade suspensa” temporariamente enquanto viajava em plena consciência pelos planos superiores. O mesmo é verdade quanto aos Rosacruzes evoluídos: ele/ela podem aprender a como “morrer” todos os dias. No dizer de Max Heindel, em seus escritos: “do ponto de vista oculto, é claro que não importa quer vivamos quer morramos”, como dizem, porque morte para nós não significa aniquilamento, mas apenas uma mudança da consciência para outras esferas. Todavia, quando temos conduzido o veículo pelos improdutivos anos da infância, passados os ardentes anos da adolescência. E chegados afinal à idade da discrição, começamos realmente a ganhar experiência. Então, quanto mais possamos prolongar o tempo das experiências mais podemos ganhar. Por esta razão é de certo valor prolongarmos a vida do corpo”.

            Como seres humanos somos ignorantes de como viver neste plano físico, por conseguinte não aprendemos a como nos preparar para o nascimento espiritual ou para a morte física. Tampouco aprendemos a apreciar ou entender os deveres e responsabilidades que recaem sobre o indivíduo e seu relacionamento com a sociedade e/ou consigo próprio.

            Assim, pois, como podemos viver aqui, agora e no Além com Cristo?

1.     – Bem, primeiro temos de cultivar sensibilidade para o valor, o que nos capacita a avaliar, pelos padrões absolutos de Cristo, os sub-tons do nosso viver cotidiano. Devemos discernir corretamente aquilo que conta mais aos olhos de Deus daquilo que conta mais aos nossos próprios olhos. A sensibilidade ao valor requer uma delicada percepção dos nossos motivos e atitudes, e de tal modo que possamos reconhecer nossos pensamentos habituais exatamente por aquilo que eles são.

2.     – Em segundo lugar, lembrem-se de que durante a nossa transição, no decorrer das 84 horas após o rompimento do cordão prateado, na jornada ao longo do caminho do julgamento que temos de percorrer, o que está sendo refletido são os motivos do indivíduo. Não é tanto aquilo que o homem faz enquanto está na terra, mas sim a razão por que o faz. O mal que um homem pratica não é tão importante quanto o motivo que o leva a cometê-lo, pois o motivo é reflexo do caráter congênito formado. O Espírito-Alma não pode ascender em seu vôo para o alto enquanto não se complete o esclarecimento. Ademais, o Juiz é o próprio Espírito-Alma, mantido preso aos seus próprios pensamentos–forma do mal.

3.     – Em terceiro, temos dois átomos-semente atuando por nosso livre arbítrio e um destino de nossa própria autoria e escolha. Permitam-me explicar: se por exemplo um indivíduo nasce com a fraqueza de maltratar sua esposa, essa fraqueza pode-se encontrar gravada no Átomo-Semente Astral-Emocional como uma qualidade congênita ou inata do caráter desse indivíduo. Neste caso, podemos dizer seguramente que este Átomo-Semente é a gravação dos desejos desse indivíduo, bem como é a gravação de sua vida emocional. Podemos afirmar isto porque esse átomo semente despeja suas partículas atômicas na corrente sanguínea do indivíduo, sendo que a influência dessas partículas se espalha por todo o sistema glandular endócrino. Com isto em mente, o ponto que tento aqui atingir é que o átomo-semente astral resulta em ser a soma total das qualidades emocionais desse indivíduo. Tais qualidades foram acumuladas ao longo das eras passadas de sua vida. E se isto é verdadeiro, estou certa de que vocês todos concordarão comigo em que concerne ao Átomo-Semente Astral o presente e o futuro do homem. Um outro ponto a considerar-se é que trata-se de um átomo-semente que pode ser modificado em qualidade a qualquer momento presente por esforços do indivíduo.

            Por conseguinte, como podemos usar esses conhecimentos para viver aqui, agora e no Além com Cristo? Muito bem, retrocedamos.

            Primeiramente perguntemos a nós próprios: “Que é emoção?”. Emoção é apenas um pensamento e um pensamento pode ser mudado. Assim, voltando ao exemplo que dei acima, o indivíduo com a fraqueza de maltratar sua esposa precisa perguntar a si mesmo: “Quais são os padrões básicos de pensamentos em minha consciência que criaram essa condição?”. Uma vez encontrada a resposta para esta pergunta, e possa ele assinalar os padrões que criaram em sua vida aquelas condições, pode também começar a mudar aqueles pensamentos básicos inatos.

             Conforme já disse anteriormente, o átomo-semente do coração contém uma gravação do passado da pessoa. Este átomo-semente mantêm-na muito presa ao seu destino cármico do passado e à sua “sina”. Sim! Nós podemos dominar o passado com o átomo-semente do coração. Mas isso requer poderes espirituais que estão além da evolução do homem comum. Para conseguir isso o indivíduo deve tornar a influência de sua vida diária tão poderosa para o bem que isso contrabalançará a influência do átomo-semente do coração físico enquanto este despeje suas essências vibratórias dentro da nossa corrente sanguínea, anulando e evitando assim seus efeitos no sistema glandular. O carma do passado deve portanto ser superado pelas poderosas cargas de gravações do presente, vertidas dos átomos Mental-Astral que não mais podem enraizar-se em sua vida, e perdem a capacidade de causar-lhe qualquer dano ou sofrimento.

            De modo particular, o aprendizado de verdades torna-se combustível para as nossas mentes, conduzindo-nos a estados de entusiasmo ou êxtases. As experiências que temos na vida deixam-nos impressões na mente inconsciente. Tais impressões tornam-se realidades aqui porque nossas mentes infligem-nos as medidas dos nossos pensamentos. Se não vivemos como deveríamos, o dia da morte nos encontrará sob escravidão, presos a grilhões que nós próprios fizemos. As algemas a que nos acostumamos na terra não são nem de longe tão opressivas quanto as que temos após a morte. Muitas tarefas serão desagradáveis e não do nosso gosto, mas serão justamente aquelas de que vamos precisar.

            Espero que cada um de vocês siga as indicações da luz-guia espiritual, e façam, de caminho, aquilo que acharem que devem fazer. Quando forem capazes de ver e conhecer as condições do Espírito-Alma nas esferas superiores, então vocês entenderão o quão importante é para as pessoas serem esclarecidas sobre este assunto enquanto ainda se encontram na terra.

            Espero que todos alcancem o dia em que o átomo-semente em seus corações não exsude outra coisa a não ser a excelência; um dia em que as imagens lançadas na corrente sanguínea, para dali influenciarem as glândulas, será uma corrente ininterrupta de partículas purificadas, fortemente carregadas de vitalidade, amor e energia Divina.

            E agora, para encerrar esta conferência sobre a “morte”, permitam-me apresentar-lhes um pouquinho de fato real e também relatar-lhes uma história de uma tribo africana. Em minha busca por informações reais atinentes a esta conferência, descobri que em recente pesquisa médica realizada pelo neurologista Oliver Sacks (M.D. – Doutor em Medicina), esse pesquisador sugeriu que o som estimula a liberação de várias endorfinas, o que vem a ser uma ferramenta de grande poder contra muitas desordens neurológicas tais como o mal de Parkinson e o mal de Alzheimer em virtude de sua singular capacidade para reorganizar funções cerebrais danificadas. E isto me leva à história de uma tribo africana.

            “Quando uma mulher de certa tribo africana percebe que está grávida, sai para o ermo com algumas amigas e juntas oram e meditam até ouvirem o canto do bebê. Elas acreditam que cada Espírito-Alma tem sua própria vibração, expressa pela sua singular fragrância e propósito. Quando todas as mulheres sintonizam-se com o canto, então elas o cantam em voz alta. Depois voltam à tribo e ensinam-no aos demais.

            Quando o bebê nasce, a comunidade se reúne e canta a canção do bebê. Mais tarde, quando iniciam a educação da criança, o vilarejo se junta e canta o canto do bebê. Quando o menino é submetido à iniciação para adulto, novamente a tribo se reúne e canta. Depois, por ocasião do seu casamento, ele (ou ela) ouve essa canção.

            Finalmente, quando o Espírito-Alma está prestes a sair deste mundo a família e os amigos juntam-se em volta do seu leito, do mesmo modo que o fizeram em seu nascimento, e entoam o canto da pessoa para a próxima vida.

            Nessa tribo africana só existe uma outra ocasião em que se canta para o filho(a): se em qualquer momento de sua vida a pessoa comete um crime ou algum ato social abominável, o indivíduo é conduzido ao centro da taba. Ali a comunidade forma um círculo em volta dele ou dela, e então entoam a sua canção.

            A tribo acredita que a correção para um comportamento anti-social não é a punição, - mas é sim o amor e a lembrança de identidade. Quando você reconhece a sua própria canção, então você não sente desejo ou necessidade de fazer qualquer coisa que possa prejudicar a outrem.

            Amigo é alguém que conhece a sua canção, e a canta quando você a esqueceu. Aqueles que lhe amam não zombam de você pelos erros que cometeu ou pela imagem enodoada que faz de si mesmo, mas lhe acham bonito quando você se acha feio; que você está inteiro quando dizem que está em frangalhos; que você é inocente quando dizem que é culpado, e qual é o seu propósito quando se encontra confuso.

            Vocês podem não ter sido criados numa tribo africana que canta a sua canção nas importantes trânsitos de suas vidas, mas a vida está sempre a lhes recordar quando vocês estão e quando não estão em sintonia com vocês próprios. Quando se sentem bem, aquilo que vocês estão fazendo corresponde a canção de cada um, e quando se sentem horríveis, não. Por fim, todos nós reconheceremos a nossa canção e a cantaremos também.” (Anônimo).

            Espero que vocês possam ter aprendido hoje as qualidades e hábitos da realidade tão bem quanto aqueles de que suas vidas impregnaram outras vidas. E podemos conhecê-los somente se formos suficientemente humildes para dar-lhes as boas vindas e suficientemente generosos para pagar seu preço repetidamente. Isso é alcançado através de um viver prático e concreto. Não devemos esperar acomodados que algo nos aconteça simplesmente pela graça de Deus. Mas devemos buscar a graça de Deus vivendo, pensando, arriscando e orando de modo definido e prático. Assim, a luz inerente a todo homem que vem a este mundo converte-se gradualmente na chama que guia a sua vida. Quando saímos deste, nossas vidas nos outros planos não são como suave aura de delicadeza amorosa, mas sim focos de todas as nossas energias, capacidades, pensamentos, imaginação e desejos.

            “Como em cima, assim em baixo”. Viveremos no plano superior assim como temos vivido aqui no plano físico. Nosso lar nos planos superiores é o lugar permanente de nosso Espírito-Alma, que junta nele os belos objetos que ama. Ali nosso harmonioso Espírito-Alma vai e vem conforme fazemos neste plano físico ou vida terrena. Esses lares são tão reais lá, naquele plano espiritual, quanto os nossos o são para nós aqui no plano físico. A única riqueza que o homem leva para além da sepultura é aquilo que ele dá para os outros antes de alcançar o cemitério. Por favor, sejamos sábios. Comecemos a construir nossos novos lares nos planos superiores aperfeiçoando nosso modo de pensar, desfazendo o erro sobre a terra e também ajudando aos outros. Como diz a história da tribo africana: “Finalmente, todos reconheceremos  nossa canção e a cantaremos também”. Podemos por momentos desafinar, mas isso também acontece a todos os grandes cantores. Apenas prossigamos cantando, e acharemos o caminho do nosso lar.

 

  

 

 

 PARTE 1 - Introdução a Norte Física

PARTE 2 – O Nascimento Espiritual

 INTRODUÇÃO

 

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